O Ministério Público apresentou a primeiro interrogatório judicial um detido pela prática dos crimes de homicídio agravado, na forma tentada; violação agravado; roubo agravado, na forma tentada; rapto agravado e detenção de arma proibida.

Resulta fortemente indiciado de que, no dia 6 de agosto de 2024, o arguido, munido de uma caçadeira de canos serrados, de uma pistola de ar comprimido (airsoft) municiada e de várias braçadeiras plásticas, dirigiu-se a duas jovens que se encontravam na zona da barragem de Póvoa e Meadas, em Castelo de Vide, ordenando-lhes que lhes entregassem as carteiras e os telemóveis. Perante a resistência das vítimas, o arguido, mantendo a caçadeira apontada às mesmas, encostou os canos à mão de uma das ofendidas e efetuou um disparo, atingindo-a na mão e atingindo a outra ofendida no tronco e no ombro. De seguida, sob a ameaça da arma de airsoft, ordenou-lhes que se ajoelhassem e amarrou-lhes os pulsos.

O arguido obrigou-as, depois, a dirigirem-se para um local mais isolado, onde ordenou que se deitassem no chão. Despiu-as e agrediu-as com bofetadas, forçando-as a contacto sexual com o mesmo.

O indivíduo foi surpreendido por militares da GNR que procederam à sua detenção, tendo sido realizadas diligências de investigação pela Polícia Judiciária.

As ofendidas sofreram ferimentos graves, tendo sido transportadas ao hospital de S. José em Lisboa.

Realizado o interrogatório no dia 8 de agosto de 2024, o Juiz de Instrução Criminal aplicou ao arguido a medida de coação de prisão preventiva.

O inquérito é dirigido pelo Ministério Público de Nisa.